Além de causar problemas respiratórios, a poluição do ar ocasionada pela emissão de pequenas partículas a partir de usinas de energia, fábricas, veículos e da queima de carvão e madeira, pode gerar também danos graves à saúde do coração.
Segundo o cirurgião cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, os poluentes contidos no ar podem danificar os vasos sanguíneos, facilitando o acúmulo de gordura e endurecimento dos vasos, além de alterar o ritmo cardíaco. “Em dias de maior poluição do ar, os cardiopatas têm pelo menos quatro ou cinco vezes mais chance de sofrer um ataque cardíaco ou apresentar insuficiência cardíaca”, explica o especialista.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, a poluição do ar mata anualmente 6,5 milhões de pessoas no mundo. O problema já é considerado a quarta principal ameaça ao bem-estar humano e a situação tende a piorar ainda mais até 2040. A Organização Mundial de Saúde julga aceitável o máximo de 50 microgramas de partículas por metro cúbico de ar por dia. No Brasil, o limite é de 150, ou seja, o triplo do que é indicado.
“Para evitar complicações à saúde, as pessoas devem tomar medidas preventivas, tais como: reduzir o esforço físico pesado ao ar livre, manter o corpo sempre hidratado, evitar vias de tráfego intenso, procurar ficar próximo a lugares arborizados, nunca queimar lixo e preferir transportes coletivos”, finaliza Sobral.
Em caso de dor ou aperto no peito, falta de ar, dormência súbita em braços, pernas ou em um dos lados do corpo, fraqueza, dor de cabeça sem causa aparente e desmaios, consulte imediatamente a opinião de um especialista.