De acordo com uma pesquisa divulgada ontem, 17, pelo IBGE, que analisou jovens e adolescente entre setembro 2014 a setembro de 2015, apenas 37,9%, dos brasileiros praticam atividades físicas, enquanto em São Paulo o número sobe para 38,8%.
De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, esses números são alarmantes e podem significar grandes problemas para a saúde dos brasileiros. “O estudo mostrou que dos quase 162 milhões de brasileiros, apenas 61,3 praticam atividades físicas. Pensar que mais de metade é sedentária é bastante preocupante, já que o sedentarismo está associado ao aumento do colesterol, estresse, hipertensão, obesidade e diabetes, ou seja, fatores que podem levar o indivíduo a morte”, alerta o especialista.
Ainda segundo a pesquisa, no estado de São Paulo, os homens são quem mais praticam atividades físicas, com 43,2% contra, apenas, 33,8 entre as mulheres.
Além disso, outro indicativo interessante para análise é a renda econômica dos brasileiros, já que de acordo com o IBGE mais de 60% das pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos por mês praticam atividades físicas, enquanto apenas s 47,8% das que ganham entre dois e três salários fazem algum exercício. E o número desce ainda mais para quem ganha apenas um salário mínimo, com somente 32,8%.
Segundo Marcelo, os benefícios das atividades físicas para a saúde são inúmeros, porém, uma simples caminhada três vezes por semana pode fazer muito para a saúde do coração, já que melhora a força de contração do músculo cardíaco, deixando-o mais eficiente, o exercício físico melhora o comportamento da pressão arterial o que facilita a circulação do sangue.
Além disso, durante a atividade física o corpo utiliza a gordura corporal como fonte de energia, o que diminui o colesterol total e aumenta o HDL, o bom colesterol, fortalece músculos e articulações, aumentando a força e a resistência muscular e diminua a incidência de osteoporose. “E para completar, o exercício físico ainda diminui o estresse e provoca uma sensação prazerosa devido a liberação de endorfina, o que melhora também a qualidade do sono”, finaliza Sobral.