Atualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com a pressão alta, que é uma doença crônica que eleva os níveis de pressão do sangue nas artérias. Ao contrário do que muitas pessoas pensam não é somente os idosos que sofrem desse mal, as crianças e adolescentes também estão cada vez mais descobrindo esse problema. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o problema está presente em 5% das crianças e adolescentes.
A principal causa da hipertensão em crianças é o alto consumo de sal, fator de risco que contribui para o aparecimento da pressão alta na infância. Sendo que crianças que sofrem com o sobrepeso tem duas vezes mais chances de desenvolver a doença do que as que tem o peso adequado. A Federação Mundial de Obesidade estima que em 2025 cerca de 1 milhão de crianças e adolescentes vão sofrer com pressão elevada.
De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, o aumento da incidência de hipertensão entre as crianças está muito relacionado à obesidade e ao sedentarismo, que estão crescendo cada vez no País. “Os sintomas de pressão alta nos jovens são raros, sendo que a dor de cabeça constante, visão embaçada ou tonturas surgem apenas nos casos mais avançados. E isso faz com que muitos demorem a descobrir que tem a doença”, ressalta o especialista.
A pressão alta na criança e no adolescente tem duas causas principais: sendo a primária quando a família tem histórico de hipertensão. E a secundária quando é causada por doenças que provocam a pressão elevada, como problemas renais, cardiovasculares e pulmonares. Os prematuros e crianças que nascem com baixo peso, também estão sujeitas a desenvolver a doença na fase adulta.
A adoção de hábitos de vida mais saudáveis é essencial, mesmo nos casos em que a doença também tem um componente genético. “Os pais precisam fazer consultas regulares ao médico, especialmente se a criança estiver acima do peso ideal para a idade. Além disso, evitar alimentos ricos em sal, embutidos, praticar exercícios com frequência e introduzir frutas e verduras no cardápio é importante”, alerta o Dr. Marcelo Sobral.