Pressão alta, diabetes, alimentação desregulada e rica em açúcares e gorduras, estresse e sedentarismo são alguns dos fatores que aumentam – e muito – as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e geralmente estão atrelas a obesidade. Além disso, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, a obesidade causa mudanças na estrutura e tamanho do coração, além de alterar seu funcionamento e sua função elétrica, causando a fibrilação atrial (arritmia cardíaca).
No entanto, a dificuldade para a perda de peso combinada com a baixa autoestima, pressão social pelos padrões de beleza e também a demora para o alcance dos resultados, leva muitas pessoas a abandonarem qualquer tipo de cuidado com a saúde, intensificando ainda mais todos os fatores de risco que a obesidadetraz.
Segundo o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, existem diversas maneira de controlar os males da obesidade e com algumas pequenas mudanças na rotina é possível alcançar o controle da pressão, diabetes e estresse, que são fatores mais rápidos de serem atingidos e já trazem grandes benefícios à saúde do coração, mesmo que a pessoa continue obesa.
“Não é possível deixar de ser obeso de uma hora para a outra, este é um processo que requer tempo e paciência e muitas vezes, a obesidade vêm acompanhada da depressão e baixa autoestima devido a toda pressão e padrões sociais impostos, o que afeta além da saúde física, por causa do excesso de peso, a saúde mental, que é igualmente importante”, explica o especialista.
Marcelo ainda destaca que a obesidade é declarada como um alto fator de risco que leva a redução de expectativa de vida e propicia o aparecimento de diversas outras doenças, principalmente o diabetes. Porém, mesmo durante o processo de emagrecimento e ainda enquanto pessoas obesas, é necessário e válido para a saúde essas pequenas mudanças.
“É preciso estimular essa pessoa que está obesa ou muito acima do peso a gostar de si mesma e se aceitar para que possam sair desse cenário de depressão e baixa autoestima para que todo o restante do tratamento dê certo e seja possível reverter a situação do excesso de peso. Faça exercícios regularmente, coma adequadamente, evite o sedentarismo e faça acompanhamento médico. Você só tem a ganhar!”, finaliza Sobral.